Old School Tattoo antecede a tatuagem moderna, pós-década de 70, remetendo a temas
voltados à Marinha, imagens de mulheres, corações, rosas e flâmulas, com textos
ou datas especiais. O berço dessa escola foi a Chatham Square em Nova York,
difundida por Samuel O'Reilly, que patenteou a maquina de tatuar, em 1891. Seu
discípulo, Charlie Wagner continuou o negócio após sua morte, por volta de
1908, com um amigo que pintava paredes e tinha muita habilidade para desenhos.
Como a tatuagem não era conhecida na época, os tatuadores do bairro tatuavam
suas mulheres para despertar a curiosidade e o interesse. Durante a Primeira
Guerra Mundial, a arte se popularizou, como símbolo de força, bravura e
coragem. Após a depressão na década de 1920, a Chatham Square perdeu a
popularidade e os tatuadores espalharam-se, trabalhando em especial perto de
bases navais. A tatuagem old school então tornou-se símbolo da personalidade de
quem a ostentava, contando as historias de viagens dos marinheiros. Lembrando
que foram marinheiros ingleses, com James Cook, com o contato com polinésios,
que ajudaram a difundir essa arte pelo ocidente. Além disso, como os temas
ligados ao mar tinham íntima relação com a vida desses homens, que viviam em
guetos das cidades e eram, em sua maioria, homens das baixas classes sociais, a
temática old school também tinha essa conotação de underground. A
impopularidade da tatuagem cresceu ainda mais após a Segunda Guerra Mundial,
remetendo a imagem de rebeldia, difundida na época por Marlon Brando e James Dean e ascensão do Rockabilly, que representa
o jovem rebelde infrator, por vezes tatuado, e que pouco respeitava a cultura
americana. Com um surto de hepatite no início da década de 60, a tatuagem ficou
totalmente na clandestinidade, tornando-se ilegal. Após a proibição, a tatuagem
old school ficou esquecida.